sexta-feira, 19 de agosto de 2011

*Triste Estou...


Triste, acordei triste!
Não que tenha
dormido mal
Foi um sono só, solto, direto.
Um sono de noite toda, reto.
Foi uma fuga só,
até o amanhecer.
Tinha tudo para estar bem.
Tinha?
Estou triste!
Uma vontade de colo,
De abraço, de
afago,
De aconchego!
Não precisa falar.
Não precisa me ouvir.
É
só do meu lado estar,
Entrar lá dentro e ficar.
Meu espaço vazio ocupar.
Estou com um nó na garganta.
Sensação
de solidão.
Um vazio que é de imensidão.
Um sozinho lá dentro.
Um coração que é
sangrento.
Mais que isso… nó na garganta,
Vontade de lamento.
Por mais que eu queira,
Que eu lute,
que eu resista,
É uma luta vazia.
Não tem propósito.
O ar tá cheio de gente.
O mundo tá
cheio de vida.
Que me importa?
Pra mim não tem ninguém
Não há o que
me contente,
Tudo em mim é tédio.
Tudo me é ausente.
Quero colo,
Quero carinho,
Quero
afeto,
Me sinto sozinha.
Tão sozinha.
Só, apenas sozinha!
Me encha, me preencha…
Está vazio…
Estou só… muito só.
Meu braço não me abraça.
Teu braço não
me abraça.
Meu peito não respira,
Meu peito só suspira!
Meu coração bate…
É só sobrevivência.
Um nó na garganta.
Um choro que não
chora.
Aperta, maltrata, dói.
Está vazio,
Está um nada, um vácuo.
Chora meu choro!
Por que você não
chora?
Chora… sai e põe pra fora.
Rasga o peito.
Expõe a dor ou o
defeito.
Preenche este maldito vazio
que ocupa o meu peito.
Solitário… solitário…
Não me
importam os presentes,
Me são todos ausentes.
Quero um colo pra chorar.
Eu choro por
querer chorar,
Eu choro por não chorar.
Não há lágrimas, só vazio!
Escuta, ouve meu grito…
Estou só, só
em meio a solidão…
Só… Bem no meio da multidão…
Só…
Vazia…
Seu bater é mudo…
Está vazio…
não tem ressonância.

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