domingo, 30 de novembro de 2014

"Mas eis aqui que eu a atrairei e a levarei ao deserto, e falarei ao seu coração" (Oséias. 2:14).
As Experiências nos Montes da Transfiguração são Preciosas, porque Nelas Vemos a Glória do Senhor. Elas Nos Alentam a Seguir, Quando as Forças Decaem, e nos Mostram a Glória Futura que em Nós Há de se Manifestar.
Entretanto, Existem Também as Experiências no Deserto.
Nelas Não Há Glória, Mas Sim Escuridão. Não Há Gozo, Mas Sim Quebranto. Não Há Claridade de Pensamentos, Mas Sim Confusão. Como Alguém Tem Dito, Ali, no Deserto Sem Amparo, os Quatro Ventos Dão com Impeto Sobre o Crente,  Deixando-lhe Desatentado. É Impossível Estar em Pé.
Qual é a Razão de Ser Dessas Experiências? Por que é Preciso que Venham? É que Deus é Excessivamente Severo Conosco ao Nos Permitir Viver Tais Coisas?
As Experiências no Deserto São Absolutamente Necessárias no Caminhar do Cristão. No Deserto Não Temos a Ninguém, a Não Ser a Deus. Não Há Nenhum Alimento, a Não Ser a Palavra de Deus. Não Há Recursos Humanos Nos Quais Confiar. Nossa Grandeza Desaparece no Deserto. Tudo o que é Vão, Deixa de Ser. Ali Estamos Sozinhos, Deus e Nós.
A tal Presunção no Homem , Pese a Sua Pequenez. A Tal Vaidade, Apesar de que é Nada; que só pode ser limpo através das experiências do deserto. Ali se perde toda a esperança; toda fonte se mostra insuficiente; todo verdor desaparece. Quantas lágrimas, quanta angústia e quanto desespero então!
Todos os vãos sonhos de grandeza morrem, toda justiça própria se faz em pedacinhos; as pretensões humanas se tornam pó. A nescidade do homem é varrida, e em seu lugar fica um grato sabor de sensatez e pureza.
Aqueles pecados que o crente nunca pôde deixar; aquela dureza de coração que lhe perseguiu sempre; tudo isto será varrido então. No deserto, o arado de Deus penetra profundo no coração para deixar boa a terra.
Através do profeta Oséias, o Senhor fala ao coração de Israel, e vai dizendo o que ocorrerá depois do deserto: "E lhe darei suas vinhas dali, e o vale do Acor por porta de esperança; e ali cantará como nos tempos de sua juventude... Tirarei de sua boca os nomes dos baalins ... te farei dormir segura ... Te desposarei comigo para sempre; desposarei-te comigo em justiça, juízo, benignidade e misericórdia. E te desposarei comigo em fidelidade, e conhecerás o Senhor" (2:15-20).
A bênção que deixará atrás de si o deserto é de tal magnitude, que ela pode ser consolada agora. É a mesma consolação antecipada que experimentou o Senhor antes da cruz. "Pelo gozo posto diante dele, sofreu a cruz, menosprezando o opróbrio, e se assentou à mão direita do trono de Deus" (Heb. 12:2).

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