''APRENDENDO COM ONÉSIMO (Significa útil).

Escravo de Filemon (membro importante da igreja em Colossos), habitante de colosso (Colossenses 4:9; Filemon 10).

Onésimo havia fugido de seu amo e havia chegado a Roma, aparentemente com o dinheiro de seu senhor, quando conheceu o Apóstolo Paulo em Roma. Tendo ouvido de Paulo a pregação do Evangelho, Onésimo se converteu ao cristianismo. Ele ganhou a afeição de Paulo pelo seu grato e dedicado serviço. Mas ele era legalmente, o escravo de Filemon, e Paulo não quis segurá-lo no serviço, pois não lhe era lícito reter um escravo nem aceitar o seu serviço sem o consentimento de seu senhor. Em sua carta a Filemon, Paulo chama Onésimo de ''meu próprio coração'' (Filemon 12), indicando que ele era como seu filho. Paulo convenceu Onésimo a voltar para seu amo, mas enviou uma carta a Filemon pedindo-lhe que tratasse Onésimo como um irmão, e não como escravo. Paulo dá a entender que Filemon tinha o dever cristão de libertar Onésimo, mas não chega ao ponto de ordenar-lhe que fala isso.

Onésimo acompanhou Tiquico, que foi portador da epístola aos Colossenses e da carta escrita para Filemon. Alguns eruditos acreditam que este Onésimo é o bispo Onésimo, elogiado numa carta que Inácio de Alexandria escreveu a igreja de Éfeso no segundo século.

O PROBLEMA - Paulo queria salvar o escravo fugitivo do severo e cruel castigo que, pela lei romana merecia.

Paulo queria conciliar Filemon sem humilhar Onésimo.

Queria recomendar o culpado sem desculpar sua ofensa.

COMO FAZER ISSO?

Paulo acha que o escravo não deve ir só ao encontro do seu senhor ofendido, por isso aproveita a mediação de Tiquico que vai à Colossos, e escreve uma carta pessoal a Filemon, para Onésimo levar consigo, carta essa que é modelo de diplomacia e cortesia.

Então, para tornar ainda mais difícil a Filemon deixar de perdoar o culpado, ele o recomenda a igreja toda (Colossenses 4:9).

Descobrimos nesta epístola o quanto Paulo é cortês, amável, humilde, santo e altruísta. Um exemplo de diplomacia e sabedoria.

Quando meditamos nesta carta, vemos que Paulo é tardio em mencionar o nome de Onésimo até ter preparado o caminho. 

Sem interesse em ordenar ou exercer sua autoridade apostólica, mas rogando como amigo intimo, referindo-se a ele como seu filho.

Paulo, ciente do mal praticado por Onésimo, promete pagar qualquer prejuízo, esperançoso de em breve ver Onésimo ser liberto e também de tornar a ver Filemon. Como poderia este encarar o Apóstolo se não fizesse o que ele pedia?

Esta Epístola tem sido referida pelos advogados da escravatura para justificá-la. Mas poderia a escravatura continuar se os versículos 16 e 17 fossem postos em prática?

Ela é também uma boa ilustração do poder reformador do Evangelho, que procura ganhar seu fim mediante a persuasão e não pela compulsão; pela mansidão e não pela violência.

O pecador é propriamente de Deus. Não somente fugiu de seu Senhor, mas furtou algo d'Ele. A Lei não lhe oferece direito de asilo, mas a Graça concede-lhe direito de apelo. Ele refugia-se em Cristo, e n'Ele é recebido com filho, e acha um Intercessor e Pai. Volta ´para Deus, e é recebido não como escravo, mas como o próprio Cristo, sendo lançada Toda a dívida na Conta de Cristo. É Tempo. Há Tempo.''

(no Amor de Deus, Sagradas Escrituras)