quarta-feira, 26 de outubro de 2011

*Avaliando o Amor de Deus...



Ainda cometemos o erro de enxergar, nos relacionar e de pensar em Deus como se fosse homem. Ou seja: avaliamos Deus pelos mesmos critérios que nos auto avaliamos e avaliamos o próximo. Daí, cometemos o grande erro: Deus não é homem!
O Evangelho segundo João, no capítulo onze, narra uma das histórias mais interessantes de toda Bíblia: a história de morte e ressurreição de Lázaro. Mais uma vez quero usar essa história como exemplo para nossa meditação.
Esta narrativa da ressurreição de Lázaro é surpreendente pelo fato de afirmar que Jesus amava Lázaro (verso 5), mas mesmo assim Lázaro adoeceu até morrer, e morrer até apodrecer, sem isto ter anulado o amor de Deus por ele. Isto por que:
Não se avalia o amor de Deus pela sua prontidão em nos atender - Jesus fica dois dias no mesmo lugar depois da notícia de que seu amigo e homem que amava, estava enfermo (verso 6). Quando resolve ir ao encontro do objeto de seu amor ainda demora-se até perfazer quatro dias em que Lázaro estava morto. Na declaração de Marta ele estava mais do que atrasado.
Nisto aprendemos que Deus nos ama sem pressa de nos atender. Não podemos avaliar seu amor pela prontidão de atendimento as nossas necessidades. Como disse certa vez a Pra. Joyce Meyer: “Eu tenho pressa; Deus não!”
Não se avalia o amor de Deus pelo processo circunstancial da vida - O Lázaro que estava são, ficou doente; que estava doente, ficou mais doente; que estava mais doente, morreu. Este processo degenerativo da saúde e condição de Lázaro não anulou o amor de Jesus por ele.
Por tal razão não podemos acreditar que por conta dos processos de dores que enfrentamos na vida, por eles podemos medir o amor divino por nós. Deus nos ama apesar da dor!

Descrição: Descrição: lazaro.jpgNão se avalia o amor de Deus pela necessidade dele "provar" pela reversão do irreversível que Ele nos ama - É dito no texto que Jesus ressuscita Lázaro não por Lázaro, mas “apenas para que os homens cressem” em Jesus e no seu amor (verso 42). Lázaro não precisava de provas do amor de Deus.
A despeito da nossa incapacidade de avaliar, sentir e detectar o amor de Deus por nós temos no texto da ressurreição de Lázaro algumas indicações de como podemos detectar de modo prático este grande amor de Deus por nós. Se não, vejamos:
Avalia-se o amor de Deus pela incondicionalidade deste amor - Jesus amava Lázaro vivo, doente, morto e podre de morto. O amor de Deus por nós é incondicional. Até mesmo os que não crêem neste amor ou o rejeitam, não deixam de ser amados por Ele. Isto porque Deus é amor e não pode negar a si mesmo. É dito por João, a respeito de Judas Iscariotes, que Jesus o amou até o fim. Parece inacreditável, mas é a verdade de Deus pra nós. Ele ama os traidores, os negadores e a toda sorte de pecadores.
Avalia-se o amor de Deus pela transponibilidade deste amor - Quando o texto diz que Jesus amava Lázaro ainda doente e depois de morto se diz que ele o amava, entende-se que o amor de Deus transcende a morte. É o que Paulo declara em Romanos: "nada nos separará do amor de Deus que está em Cristo Jesus" (Romanos 8:39).

Em outras palavras, o amor de Deus transpõe a eternidade. Por isso a declaração paulina de que “quer vivamos ou morramos, somos do Senhor” (Romanos 14:8). O amor de Deus transpõe adversidades, enfermidades, tribulações, perseguições e qualquer outra coisa que posso intervir no caminho daquele que anda por fé no caminho do amor de Deus.
Avalia-se o amor de Deus pela indestrutibilidade deste amor - Nada pode nos separar deste amor! Aleluia! Nada pode anular este amor! Glória a Deus! Nada! Absolutamente nada! Graças a Deus pelo seu amor em Cristo Jesus.
Ou cremos nisso ou deixamos de dizer que somos discípulos de Jesus. Pois os discípulos de Jesus crêem em seu Mestre incondicionalmente. Quem crê em Jesus, não duvida do amor de Deus. Quem crê em Jesus, não se sente abandonado por ele. Quem crê em Jesus, vive conforme as certezas advindas desse amor.
Se você crê em Jesus também crerá no amor de Deus.
Deus te abençoe!

Sérgio Müller

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